Shows marcam o encerramento da turnê Luz Peregrina que percorreu várias cidades mineiras
As viagens de Nádia Campos foram matéria para o disco “Luz Peregrina”, de 2021, que incorpora diferentes culturas que atravessam a América Latina. Desde março, o projeto tem percorrido nove cidades de Minas Gerais, com ingressos gratuitos, pela primeira vez com banda completa.
Nesta semana, o espetáculo chega ao Norte de Minas com apresentações em Montes Claros, na sexta-feira, 10 de maio, às 20h, no Museu Regional do Norte de Minas, e no sábado, 11 de maio, às 20h, na Praça das Padarias, na pequena Carbonita, marcando o encerramento da turnê, que esteve nas cidades de Gonçalo dos Rios das Pedras (Serro), Diamantina, Ouro Preto, Betim, Belo Horizonte, Pouso Alegre e Poços de Caldas.
A multiartista Nádia Campos (voz, violão, viola, cuatro venezuelano e percussão) vem acompanhada dos músicos Guilherme Melo (direção musical, arranjos e violão), Carlinhos Ferreira (percussão), Marcela Nunes (flauta) e Rafael Schimidt (violão).
O trabalho reflete o lado peregrino da compositora, que nasceu em Belo Horizonte e circulou por várias partes do Brasil, América Latina e Europa por meio da música. Além das trocas culturais, as faixas são frutos dos diversos encontros que acumulou ao longo da vida.
O pulsar das culturas, instrumentos e melodias da América Latina, se misturam nas veias de Nádia em busca da sua própria identidade. “Nesse caminho, nesse encontro com as culturas, com as pessoas, eu acabei encontrando a minha própria ancestralidade, e eu quis registrar isso em forma de música, em forma de poesia”, relata. O disco, assim, traz influências indígenas, africanas e mouras. Nas sonoridades, a cultura popular aparece na riqueza de ritmos: guarânia, samba-choro com lundu, tonada, morna com cumbia, folia e bumba-meu-boi.
Além disso, as canções trazem a subjetividade e intimidade da cantora, em versos que partem, por exemplo, da experiência de ser mulher e mãe. Duas músicas, “Amanda” e “Negrito Mío”, são homenagens aos filhos. “Esperançar” parte da origem do seu nome e fala um pouco sobre quem é. Na língua russa, Nádia é o diminutivo para o nome Nadejda, que significa “esperança”. “Acho que isso tem a ver com a minha personalidade, eu tenho esse espírito de buscar sempre um caminho, uma brecha, uma fresta”, comenta a cantora.
E complementa: “Poder circular com este trabalho com uma equipe tão talentosa e especial encontrando com pessoas de vários cantos do Estado, tem sido uma alegria enorme! Luz Peregrina é uma obra bem mineira e ao mesmo tempo bem universal. É mineira quando nos leva para nossas raízes, que são formadas por elementos mesclados de diversas partes do mundo. Estou muito feliz em poder encerrar a turnê sentindo o calor e carinho do povo do Norte de Minas, região que a cultura tem sido a fonte principal de minhas pesquisas e inspirações”.
O projeto é viabilizado com patrocínio do Grupo Sada, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com apoio e produção da Carvalho Agência Cultural, realização ALUMEIA PRODUÇÕES e Secretaria de Estado de Cultura e de Turismo / Governo de Minas Gerais.
Também conta com uma série de parcerias em cada uma das cidades da turnê, em Montes Claros conta com o apoio da Fulô Comunicação e Cultura e do Museu Regional do Norte de Minas, já em Carbonita o apoio é do Instituto Sementes do Vale.
SOBRE NÁDIA CAMPOS
Nádia Campos canta desde os seis anos de idade. Aos nove, já participou do disco infantil “Enrola Bola” do músico Rubinho do Vale e, desde então, dividiu palco com diversos artistas, como Dércio Marques, Doroty Marques, João Bá e Pena Branca.
Em 2021, lançou “Luz Peregrina” , que figurou o terceiro lugar de melhor álbum de música regional de Minas Gerais no Prêmio da Música Mineira pela Rádio Inconfidência. Neste mesmo ano, recebeu o Prêmio da Respirarte da Funarte pelo videoclipe “Canto Guató” , produzido em parceria com Guilherme Melo e foi uma das finalistas do Prêmio Profissionais da Música na categoria melhor intérprete em cultura popular.
Em 2022 recebeu o prêmio “Mulheres Criativas” da Secult Poços de Caldas e, em 2023, seu videoclipe “Universo em Expansão” também foi selecionado e premiado pela convocatória Energia da Cultura.
Possui outros dois álbuns. “Por que Cantamos” (2008) é inspirado no poema do uruguaio Mario Benedetti, com canções autorais, populares tradicionais e releituras. E seu segundo álbum, de 2013, “Cantigas de Beira Rio”, tem como grande tema as águas: rios, mares e ribeirinhos. A maioria das canções são parcerias com o mestre e amigo João Bá.
FICHA TÉCNICA
Voz, violão, viola, cuatro venezuelano e percussão: Nádia Campos
Direção musical, violão e arranjos: Guilherme Melo
Percussão: Carlinhos Ferreira
Flauta: Marcela Nunes
Violão: Rafael Schimidt
Participações: André Luís, Fernando Guimarães e João Arruda
Produção Executiva: Chiara Carvalho
Produção Local: Fabíola Versiani
Técnico de som: Marcos Vinicius Jardim
Duração: 90 minutos
TURNÊ LUZ PEREGRINA
Dia 10 de maio (sexta-feira)
Horário: 20h
Local: Montes Claros | Museu Regional do Norte de Minas
Dia 11 de maio (sábado)
Horário: 20h
Local: Carbonita | Praça das Padarias
Entrada gratuita
*Os ingressos serão disponibilizados no momento do espetáculo (sujeito à lotação)
Mais informações: www.luzperegrina.com.br
*Fotos: Wander Faria
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